O caso do laranjal do PSL mudou de patamar. Fez escala na caixa registradora da campanha de Jair Bolsonaro. Ganhou, portanto, um conteúdo presidencial. De repente, a inexplicável permanência de Marcelo Álvaro Antônio no cargo de ministro do Turismo ganhou uma incômoda explicação. Notícia veiculada pela Folha neste domingo informa que a Polícia Federal suspeita que parte da verba desviada de candidaturas femininas fakes pode ter abastecido um caixa dois compartilhado entre o ministro e o presidente nas eleições de 2018. Quer dizer: além de lavar as mãos, Bolsonaro pode ter ajudado a fazer desaparecer o sabonete. A PF dispõe de um depoimento e uma planilha que apontam para a existência da caixa clandestina mútua. Haissander Souza de Paula, ex-assessor parlamentar de Álvaro Antônio, coordenador da campanha dele a deputado federal por Minas Gerais, disse em depoimento acreditar que “parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair Bolsonaro”.