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Bahia é o primeiro estado em homicídios de mulheres e o terceiro em feminicídios

A Bahia registrou 70 casos de feminicídios e 80 tentativas de feminicídio/agressão física no ano de 2020. Mas o número de mulheres mortas por serem mulheres pode ser maior. É o que revela o boletim A dor e a luta: números do feminicídio, que será lançado em 4 de março, pela Rede de Observatórios da Segurança com dados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. O estudo mostra as dinâmicas dos crimes contra mulheres nos cinco estados da Rede através de 1823 casos monitorados – entre eles, 449 são feminicídios. São cinco registros de crimes contra mulheres por dia. Feminicídios e violência contra mulher ocupam o terceiro lugar entre os registros da Rede em 2020. Estão atrás apenas de eventos com armas de fogo e ações policiais. Em 58% dos casos de feminicídios e 66% dos casos de agressão, os criminosos eram companheiros da vítima.

Os dados são produzidos a partir de um monitoramento do que circula nos meios de comunicação e nas redes sociais sobre violência e segurança. Todos os dias, as pesquisadoras conferem dezenas de veículos de imprensa, coletam informações e alimentam um banco de dados que posteriormente é revisado e consolidado. São oito categorias de crimes contra mulheres: tentativa de feminicídio e feminicídio são os maiores registros no nosso banco.

Porém, na Bahia há mais registros de homicídios de mulheres. Com 111 registros, o estado ocupa o primeiro lugar nesse tipo de violência. Em muitos casos é difícil obter as informações completas sobre os crimes. Quando os detalhes não foram informados pela mídia – que recebe informações da polícia -, ou quando não se sabe nada sobre a vítima, pessoa suspeita ou motivação, catalogamos o fato como homicídio. Ou seja, entre esses 111 homicídios podem haver feminicídios não classificados por falta de elementos.

Outro ponto sobre a desinformação em relação aos crimes na imprensa, é que não há como traçar um perfil sobre o quantitativo de mulheres negras vítimas desses crimes. Na Bahia, em apenas 26 casos sabemos a cor da vítima.

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