Que o presidente Jair Bolsonaro já encampou o personagem de candidato à reeleição está cada vez mais claro. Agora, além de criar o Renda Brasil – em substituição ao Bolsa Família – para ter um programa social para chamar de seu, o presidente autorizou e ficou animado com a possibilidade de extensão do auxílio emergencial até o fim do ano. De acordo com um ministro palaciano, a ideia foi vista de forma positiva e está de fato sendo estudada. A avaliação é de que há um potencial político importantíssimo que o presidente pode angariar com a extensão do benefício. Da mesma forma que deu aval para que Paulo Guedes tentar convencer o congresso da necessidade da “nova CPMF”, o presidente quer agora que o ministro da Economia encontre meios de tornar a medida uma espécie de política de governo. O que mostra que antes de mais nada a medida é uma jogada política e não econômica.