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Bom Jesus da Serra completa 32 anos de emancipação política neste 13 de junho

 

Foto: James Barros/Blog Bom Jesus Notícias

O município de Bom Jesus da Serra completa 32 anos de emancipação político-administrativa neste domingo (13 de Junho). Além do atual prefeito Jornando Vilasboas Alves (Jornandinho), que está no seu quarto mandato, outros três nomes já comandaram o poder executivo local, sendo eles: Edinaldo Meira Silva (Gazzo), que governou o município por três mandatos, Marco Tulio de Matos e Welton Andrade, que exerceram um mandato cada.

Abaixo, foto do primeiro poder formado na cidade: Da Esquerda para direita (camisa vermelha) Zé Guimarães – Nor da Venda – Noedes – Mané Dalila – Nozinho – João Amaral – Jornandinho – Dr. Flavio (Juiz) – Meira – Loga – Paulo do Bonfim – Tonhe Gordim – Ze de Gumercindo – Euclides e Almir

apresentaremos um breve histórico da povoação da cidade, segundo fontes bastante consideradas – A cidade está assentada onde outrora se conhecia como a sede da Fazenda Bom Jesus de Baixo, cujas terras pertenceram a Timóteo Gonçalves da Costa, aquele que fundou o arraial da cidade de Poções, estas terras, após a morte de Timóteo, ficaram para o seu filho o Capitão Bernardo Gonçalves da Costa. Os últimos proprietários dessas terras, chamadas de Bom Jesus de Baixo, foram Daniel Ferreira da Costa (ou Joaquim Manoel Teixeira) e Vicença Ferreira Campos, que na data de 31 de dezembro de 1887 venderam para o Capitão Raimundo Pereira de Magalhães pela quantia de 20$000 (vinte mil réis), cuja escritura foi lavrada na mesma data.

Posteriormente, passaram-se aos herdeiros que tinham como objetivo desenvolver a agricultura e a pecuária. Ao redor da sede da fazenda, foram criadas casas de moradia e comerciais, capela, cemitério etc. Os fundadores lotearam áreas e convidaram amigos e parentes a construírem casas na localidade. Afluíram muitos membros da família Meira, e outras famílias como Moreno, Moreira do Carmo e Amaral (as pioneiras). O comércio do arraial ganhou grande impulso, foi criada uma feira livre onde os produtores rurais vendiam suas mercadorias, tais como: laticínios, carnes, mamona, milho, feijão, farinha de mandioca e outros gêneros, quase sempre enviados para Poções.

A descoberta e exploração da mina de amianto no Povoado São Félix iniciou-se na década de 1930, sendo até então a única do País, com as atividades durando quase 30 anos, produzido milhões de toneladas de lã de amianto e exportado este minério até para a França. Na década de 1940, instalou-se uma usina para beneficiamento de caroá, muito abundante em toda caatinga e que era transformada em corda e barbante e levada para Salvador. A partir de 1945, com o desinstalar da usina, houve uma forte decadência em todo o povoado. A feira livre semanal foi extinta e transferida para a fazenda Bonfim do Amianto. Mais ou menos nesta mesma época foi desativada a exploração da mina de amianto por ter trazido sérios problemas de saúde para muitas pessoas. Já no ano de 1953, Bom Jesus da Serra passou a sediar o Distrito de Paz, com a extinção do Distrito de Água Bela, ao qual pertencia o Arraial de Bom Jesus da Serra, que foi elevado à categoria de Vila de Bom Jesus da Serra, retomando o seu progresso.

Em 1989 a Vila foi elevada à categoria de cidade pela Lei Estadual nº 5008 de 13/06/1989, que criou o Município de Bom Jesus da Serra, desmembrado de Poções. Os poetas, como sempre, encarregaram-se de cantar sua Terra que está além das formalidades estadistas ou de gênero similar. Cantaram na primeira estrofe a chegada dos seus moradores e o recebimento do pseudo Estrela do Sertão, seguida da Fé no Excelso Senhor Bom Jesus e das tradições que serviram como bálsamo a este povo tão sofrido. Na terceira estrofe, fazem uma referência geográfica à Caatinga, traduzido do Tupi no termo Campo Branco, e seus riachos salobros, fontes que abastecem e aliviam a secura desta Terra.

O 13 de junho, data da emancipação política, cantado na quarta estrofe, lembra o anonimato de tantos irmãos que doaram suas vidas para o progresso político do Município, mas que por razões diversas ficaram no esquecimento. Suas contribuições jamais serão negadas à verdadeira história! Na última estrofe reafirmam o amor dos seus filhos pela Terra Mãe contrastando com a saudade que no peito tocou, assolando aqueles que se sentem forçados a deixar a Terra Natal sem saber se um dia poderão ainda voltar. Acima de toda mácula, de qualquer limitação humana, de suas dores e resultados oriundos da gestão e do interesse, reina uma Pátria inatingível pela ambição, pelas cobiças e disputas do bem e da posse. Ela se chama Bom Jesus da Serra, minha Estrela do Sertão!!!

(Fontes: Orônio Nunes de Oliveira – Livro“A Bahia de Hoje”, de Ricardo Benedictis – Professor e pesquisador Humberto Amaral Carneiro) – (Informações cedidas pelo senhor Felix Martiniano Magalhães e disponíveis no site do IBGE).


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