Duas girafas brancas extremamente raras foram mortas por caçadores no nordeste do Quênia, segundo ambientalistas. Os guardas florestais encontraram as carcaças da fêmea e do filhote em um vilarejo no condado de Garissa, no nordeste do Quênia. Uma terceira girafa branca ainda está viva. Ambientalistas acreditam que ela seja o único exemplar no mundo.
Sua aparência branca é devido a uma condição rara chamada leucismo, que faz com que as células da pele não tenham pigmentação. A notícia da existência das girafas brancas se espalhou pelo mundo depois que foram fotografadas em 2017. O chefe da Preservação Comunitária do Quênia, Ishaqbini Hirola, Mohammed Ahmednoor, disse que as duas girafas mortas foram vistas pela última vez há mais de três meses.
“Este é um dia muito triste para a comunidade de Ijara e do Quênia como um todo. Somos a única comunidade do mundo que é guardiã da girafa branca”, disse Ahmednoor em um comunicado.
“Seu assassinato é um golpe para os importantes passos dados pela comunidade para preservar espécies raras e únicas e um alerta para o apoio contínuo aos esforços de preservação”, acrescentou.
Os caçadores ainda não foram identificados, e seu motivo ainda não está claro.
A Kenya Wildlife Society, o principal órgão de preservação da África Oriental, disse que está investigando os assassinatos.
- Leucismo inibe a pigmentação em algumas células da pele
- É diferente do albinismo, onde nenhuma melanina é produzida
- Animais com leucismo podem ter pigmentos mais escuros nos tecidos moles
- Girafas com leucismo retêm seus olhos escuros, enquanto animais com albinismo têm olhos rosados
- Aves, leões, peixes, pavões, pinguins, águias, hipopótamos, alces e cobras exibiram traços de leucismo
A reserva está em uma vasta área não cercada. Existem também vilarejos dentro da reserva.
As girafas brancas foram avistadas pela primeira vez no Quênia em março de 2016, cerca de dois meses depois de uma aparição na vizinha Tanzânia, segundo a revista.
Cerca de 40% da população de girafas desapareceu nos últimos 30 anos e a caça às carnes e peles continua, de acordo com a Africa Wildlife Foundation.
A população passou de cerca de 155 mil indivíduos em 1985 para 97 mil em 2015, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).