O prefeito eleito da cidade de Aramari, que fica a 120 km de Salvador, Fidel Carlos Souza, testou positivo para Covid-19 pela segunda vez. O gestor municipal havia contraído a doença no mês de julho e voltou a testar positivo para a doença. Conforme a assessoria de Fidel Carlos Souza, o prefeito e a esposa dele, que também testou positivo, estão em isolamento em casa. O caso de Fidel Castro Souza é considerado como suspeita de reinfecção. Casos de pessoas infectadas pela segunda vez pelo novo coronavírus existem, mas são raros, e a ciência ainda não definiu com qual frequência eles ocorrem. No Brasil, o Ministério da Saúde afirma que não há reinfecções confirmadas, apesar de relatos como o que envolve integrantes da delegação do Palmeiras e de outros casos sob investigação. Abaixo, em tópicos, o G1 reúne o que as pesquisas e as diretrizes mais recentes dos órgãos de saúde apontam sobre o tema.
Veja abaixo os tópicos:
1 – O que é a reinfecção?
A reinfecção acontece quando a pessoa se recupera da Covid-19 e tempos depois ela adoece novamente. Para confirmar a recontaminação, é preciso provar que o código genético do primeiro vírus é diferente do segundo. O código genético é como se fosse uma impressão digital do vírus.
2 – O que define um caso de reinfecção?
No fim de outubro, o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica com regras para a definição de casos suspeitos de reinfecção. Para que isso seja caracterizado, o indivíduo precisará de dois resultados positivos de RT-PCR, com intervalo igual ou superior a 90 dias entre os dois episódios, independentemente da condição clínica. O outro ponto é a conservação adequada das amostras.
3 – A reinfecção é comum apenas para o Sars-Cov-2?
A epidemiologista Denise Garrett diz que os casos de reinfecção já eram conhecidos entre pacientes infectados por outros coronavírus comuns. Vírus que causam infecções das vias respiratórias, como a Covid-19, podem ocorrer duas ou mais vezes.
4 – Dois testes positivos são suficientes para atestar a reinfecção?
A imunologista e professora da Faculdade de Medicina e do Instituto de Medicina Tropical da USP, Ester Sabino, explica que o teste RT-PCR (teste que coleta o material da garganta e do nariz do paciente com um cotonete) positivo duas vezes não indica a reinfecção. Confirmar reinfecções acaba sendo difícil porque, na maioria das vezes, os cientistas não sabem o código genético do vírus que contaminou a pessoa pela primeira vez, para, então, compará-lo com o código do segundo vírus. // G1 Bahia.