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Donaldo Trump acusa Brasil e Argentina de prejudicar agricultores americanos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou, nesta segunda-feira (02), o Brasil e a Argentina de desvalorizarem substancialmente suas moedas, o real e o peso, respectivamente, e anunciou o retorno das tarifas sobre o aço e o alumínio dos dois países.

Donald Trump alega que o desconto dado até hoje é injusto com os fazendeiros e a indústria dele, que foram prejudicados pela guerra comercial – ocasionada pelo próprio governo norte-americano e a China. O entrave teria, segundo ele, levado Brasil e Argentina a exportarem mais de seus produtos para lá.

Em nota conjunta, os Ministérios da Economia, Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, afirmaram que o governo brasileiro irá trabalhar com Washington para defender os interesses comerciais do Brasil e, por enquanto, não sinaliza com retaliações, mas pelo contrário, busca “assegurar a fluidez do comércio dom os EUA”, assim como aprofundar o relacionamento com o país.

O Instituto Aço Brasil disse ter recebido a notícia da volta das tarifas com perplexidade e acredita que a decisão de Trump prejudica a própria indústria de aço americana, que usa os semiacabados exportados pelo Brasil para operar as suas indústrias.

A Associação Brasileira do Alumínio esclareceu que, desde junho do ano passado, as exportações de produtos aos Estados Unidos já pagam a sobretaxa de 10%.

A Confederação Nacional da Indústria reforça que o câmbio brasileiro não é manipulado, como sugeriu Donald Trump, e que não pode ser usado como justificativa. A CNI ainda se preocupa que a medida possa abrir precedentes para outros setores.

“O maior exportador, para os Estados Unidos, de produtos manufaturados é o Brasil, hoje, na América Latina, na América do Sul mais precisamente, e poderá prejudicar essa relação comercial que nós temos”, explica o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi.


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