O governador Rui Costa foi enfático ao garantir que não vai alterar a alíquota na Bahia do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis. “Não sou dado à demagogia”, bradou o petista, numa referência ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, pré-candidato à presidência da República pelo PSDB. “Eu vou ser candidato a A, B, C ou Z, aí eu começo a fazer medidas demagógicas para poder ganhar a simpatia popular? Eu não faço isso”, completou. Leite não previu a manutenção da alíquota atual do ICMS dos combustíveis no Rio Grande do Sul no orçamento de 2022, provocando uma redução da incidência do imposto (lembre aqui).
Conforme relato do chefe do Executivo baiano, “a conta não fecha” se o estado “reduzir abruptamente e demagogicamente a receita”. “Do mesmo jeito que nós não aumentamos um real o tributo, nós não faremos demagogia de reduzir”, avisou, em tom duro. “Depois outro governador entra, vai atrasar salário e vai dizer que a culpa é daquele irresponsável que quis ser candidato à presidência da República ou a senador ou a vereador e reduziu a receita e agora nós estamos com um buraco e não consegue pagar a folha”, detalhou.
DOLARIZAÇÃO DA PETROBRAS
“O preço do combustível está alto pela política desastrosa do governo federal”, culpou o governador Rui Costa. Segundo ele, a redução da produção da gasolina e do diesel e o consequente aumento da importação gerou essa dolarização dos preços dos combustíveis no Brasil.
“Ninguém mais, ninguém menos, do que o presidente do Banco Central do Brasil [Roberto Campos Neto] declarou que não entende a velocidade com que a Petrobras faz os reajustes quando é para subir e não repete a mesma velocidade quando é para descer. Você tem custos em real e você dolariza o seu preço. Você diminui a produção de derivados de petróleo no Brasil para importar um volume maior. Que país faz isso?”, reforçou o governador da Bahia.