Durante o auge da pandemia, o Governo federal realizou o pagamento de R$ 336,1 milhões em auxílio emergencial para 135,7 mil pessoas mortas. O levantamento foi realizado pela Controladoria-Geral da União (CGU), analisando fraudes sobre o auxílio emergencial. O órgão afirma que, ao analisar todos os pagamentos realizados de maneira irregular, foi constatado um prejuízo de R$ 9,4 bilhões aos cofres públicos. O auxílio emergencial beneficiou 68,2 milhões de pessoas entre 2020 e 2021. A CGU exigiu que o Ministério da Cidadania mostrasse quais foram os procedimentos tomados para a devolução do valor do benefício pago indevidamente.
Em resposta ao órgão de controle, o ministério reconheceu o problema dos óbitos e justificou que fez uma melhoria no processo de avaliação de quem está vivo ou morto. “Fazíamos a avaliação do óbito pelo CPF da pessoa sem utilização da data de nascimento para uma dupla checagem”, disse a pasta. O benefício também foi pago indevidamente a empregados do governo, menores de idade e houve caso de políticos ocupantes de cargo eletivo que receberam o auxílio. Além disso, 58,9 mil membros das Forças Armadas foram beneficiados com os recursos mesmo sem ter direito.
SEGURO-DESEMPREGO
Em maio deste ano, a CGU apontou que o governo federal realizou o pagamento de mais de R$ 7,6 milhões de seguro-desemprego para pessoas que estavam mortas (veja aqui). O órgão analisou os números do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) de 2021. Ao todo, foram revisados 2,641 milhões de requerimentos feitos entre 4 de janeiro e 8 de outubro do ano passado.