Em Jequié, dezenas de pessoas compareceram à Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), nos últimos dias, para reclamar prejuízos de ordem financeira. Relataram que foram vítimas de um esquema de pirâmide, prática que é considerada crime contra a economia. A Polícia Civil, que investiga o caso, se pronunciou nesta quinta-feira (02set21) através da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, informando que o valor do prejuízo é estimado em quase R$ 7 milhões e que, ao menos 150 pessoas foram lesadas.
As denúncias recaem sobre um estudante de Medicina. Ele é investigado por este prejuízo milionário, tendo como vítimas clientes, entre eles empresários, políticos, policiais e outros. Segundo informações da polícia, um deles relatou ter colocado mais de R$ 700 mil no chamado investimento que poderia lhe render excelentes lucros. A família de outra vítima detalha que teve prejuízo de R$ 1 milhão.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, nos últimos meses o líder do esquema passou a atrasar pagamentos e, mais recentemente, parou de fazer as transações financeiras para os clientes. O delegado Nadson Pelegrini, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, explicou que o abalo resultante do esquema vai muito além do aspecto econômico porque o impacto atinge a ordem moral, já que muitos dos lesados são pessoas conhecidas da sociedade.
O delegado explicou que “muitos desses investidores já tinham conhecimento prévio acerca do mercado financeiro, mas acreditavam que esse cidadão, por possuir conhecimento superior, iria proporcionar maiores lucros e ganhos”. Assista reportagem da TV Sudoeste, afiliada da Rede Bahia.