O repórter Carlos de Lannoy foi ameaçado por ter feito uma matéria sobre a ação do Exército que culminou no fuzilamento de um carro de passeio no Rio de Janeiro, na tarde desse domingo (7). Um homem morreu e outras duas pessoas ficaram feridas diante dos mais de 80 tiros que foram disparados contra o veículo. A reportagem foi exibida no Fantástico de ontem. “Se você escolher falar merda e defender bandido, é escolha sua! Seu merda! Se for errado, paga com a vida! Mexeu com o exército, assinou sua sentença! Sua família vai pagar! Aguarde cartas!”, escreveu o perfil @erikprocopio no Instagram de Lannoy. O jornalista usou outra rede social, o Twitter, para divulgar a ameaça, ressaltando que “não ficará assim”.
“Minutos depois de fazer reportagem no #showdavida sobre mais uma morte em blitz do Exército, recebi essa ameaça”, relatou de Lannoy. De acordo com o portal da Revista Fórum, o jornalista pretende acionar a Justiça.
O FUZILAMENTO
A matéria em questão aponta que o fuzilamento pode ter sido “por engano”. O delegado Leonardo Salgado, da Delegacia de Homicídios do Rio, disse que “tudo indica” que os militares do Exército confundiram o carro com o de assaltantes (saiba mais aqui). Com isso, o músico Evaldo dos Santos Rosa veio a óbito.
Em resposta à imprensa, o Comando Militar do Leste (CML) disse que o caso está sendo investigado pela Polícia Judiciária Militar, sob supervisão do Ministério Público Militar.