Mesmo preso desde o último dia 7 de abril, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o candidato com maior percentual de intenções de voto na Bahia, de acordo com o levantamento P&A/ Bahia Notícias. O petista aparece à frente dos adversários tanto no cenário espontâneo, quando não são apresentados os nomes dos postulantes, quanto no questionário estimulado. Na ausência dele na disputa, a ex-ministra Marina Silva (Rede) é a maior beneficiária, chegando a registrar o dobro do percentual de intenção de votos do segundo colocado, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL).
Na pesquisa espontânea, Lula é citado por 31,8% dos baianos, quase oito vezes mais do que o segundo colocado nesse cenário, Jair Bolsonaro, com 4,6% das intenções de voto. A Bahia é considerado um território favorável ao petista conforme os históricos das últimas eleições, o que explica o percentual amplo com relação aos adversários em todos os levantamentos. Quando não são citados os nomes dos postulantes, também aparecem como opção para os baianos Marina Silva, para 1,2%, o ex-ministro Joaquim Barbosa (PSB), que desistiu do pleito e aparece com 0,9%, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com o mesmo percentual (0,8%), Álvaro Dias (Pode), para 0,4%, e Geraldo Alcmin (PSDB), para 0,3%. Não souberam 43,8% dos entrevistados e 14,5% não votariam em ninguém. Veja o gráfico:
No cenário estimulado que mantém o ex-presidente Lula na disputa, o petista receberia 57,2% dos votos dos entrevistados, muito à frente dos demais candidatos citados. Jair Bolsonaro ficaria com 7,8%, Marina Silva com 6,4%, Joaquim Barbosa com 4,6%, Ciro Gomes com 3,2%, Geraldo Alckmin com 1,1%, Álvaro Dias com 0,9%, Rodrigo Maia (DEM) com 0,8%, Guilherme Boulos (PSOL) com 0,3% e Aldo Rebelo (SD) com 0,1%. Para 13% dos eleitores, nenhum desses nomes receberia o voto, e 4,6% não souberam.
A ausência de Lula no processo eleitoral beneficiaria na Bahia, principalmente, a ex-ministra Marina Silva. Candidata à Presidência da República em 2010 e 2014, Marina receberia 18,2% dos votos dos baianos, enquanto o segundo colocado, Jair Bolsonaro, ficaria com 9,2%. A segunda posição, todavia, teria um empate técnico considerando a margem de erro de três pontos percentuais. Ciro Gomes, com 8,6% das intenções de voto, e Joaquim Barbosa, com 8,1%, estariam com percentuais muito próximos de Bolsonaro. Neste cenário, Geraldo Alckmin teria 3,2%; Rodrigo Maia 1,5%; Álvaro Dias 1,4%; Fernando Haddad como substituto de Lula no PT 1,1%; Aldo Rebelo e Guilherme Boulos receberiam 0,4%. Não souberam responder 10,4% e 37,5% não votariam em nenhum dos candidatos.
Quando o substituto de Lula na disputa pelo Palácio do Planalto é o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, Marina Silva também estaria à frente entre os eleitores baianos. Ela é citada por 17,4% dos entrevistados e Wagner teria 3,2% das intenções de voto. Assim como no cenário anterior, a segunda colocação teria um empate técnico entre Bolsonaro (9,5%), Ciro Gomes (8,6%) e Joaquim Barbosa (8,1%). Geraldo Alckmin teria um percentual muito próximo ao de Wagner, com 3%. Os demais candidatos seriam opção de voto para percentuais abaixo de 2%, conforme gráfico abaixo. Para 36,2% dos eleitores, nenhum dos candidatos mereceria o voto e 10 não souberam responder.
O último cenário para a Presidência da República testado pelo levantamento P&A/ Bahia Notícias apresentou um número mais restrito de candidatos. Também nesse questionário, Marina Silva também lideraria na Bahia, com 21,4% das intenções de voto. No entanto, mesmo com empate técnico, há uma mudança na segunda posição. Ciro Gomes seria opção para 11% dos entrevistados, enquanto Jair Bolsonaro para 10,6%. O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ficaria com 3,9% das intenções de voto e Fernando Haddad e Guilherme Boulos teriam 1% cada. Com o número de candidatos mais restrito, 10,7% dos eleitores não souberam responder e 40,4% não votariam em nenhum dos candidatos.
O levantamento ouviu 1.120 eleitores entre os dias 24 e 30 de abril e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob nº BA-04607/2018. Possui margem de erro de 3% para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95,5%.