Depois da morte do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega há dez dias, no município de Esplanada, no Nordeste baiano, um embate público envolve os Bolsonaro e a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) de Rui Costa (PT). Nesta terça-feira (18), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do gestor baiano.
“Quando viajei pra Itália conversei com ele. E falei: ‘Só tome cuidado que o Bolsonaro vai colocar isso no seu colo’”. E foi categórico: “Quem tem de queimar arquivo é quem está no governo federal, e não Rui Costa”.
Lula, que falou com a imprensa durante encontro com parlamentares do PT em Brasília, disse ainda que o governo “nasceu para contar mentiras”. “Com a quantidade de fake news que ele conta, só poderia contar mais essa”.
Isso porque o presidente Bolsonaro (sem partido) chegou a responsabilizar Rui pela morte do miliciano. Assim como o filho, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido), ele afirma que o caso é um crime de execução, comparando o caso ao assassinato do então prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel.
Também nesta terça, Flávio chegou a publicar, em seu próprio perfil no Twitter, um vídeo que mostra imagens do suposto cadáver de Adriano, que chegou a ser homenageado pelo senador na época em que servia como capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro. A publicação foi rebatida pelo secretário da Segurança, Maurício Barbosa: “Teoria política”.