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Mendonça é nomeado ministro da Justiça; Ramagem assume comando da PF

Foto/Montagem: CNN Brasil

A mesma edição do Diário Oficial da União confirmou, nesta terça-feira (28), a nomeação do diretor da Abin, Alexandre Ramagem, para a direção-geral da Polícia Federal e do até então advogado-geral da União (AGU), André Mendonça, como ministro da Justiça. As duas nomeações foram antecipadas pela CNN. Para o lugar de Mendonça na AGU, Bolsonaro nomeou José Levi Mello do Amaral Júnior. A escolha de Ramagem ao cargo máximo da PF foi questionada na internet nos últimos dias pela relação pessoal do delegado com os filhos de Bolsonaro. A uma internauta que apontou um possível conflito de interesse, Bolsonaro retrucou respondendo: “e daí?”.

De acordo com o presidente, Ramagem o conheceu antes de seus filhos.

Substituto de Moro

De perfil conciliador, voz calma, sorridente, Mendonça é advogado público de carreira, já trabalhou com o presidente do STF, Dias Toffoli, quando ele ocupava a cadeira de advogado geral da União. Também assessorou o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário, antes de assumir o cargo de ministro da AGU.

Mendonça foi diretor do Departamento de Patrimônio Público e Probidade Administrativa, nomeado por Toffoli. Os dois mantém bom relacionamento. Ele também coordenou o Grupo Permanente de Atuação Pró-Ativa da AGU, que em 2010 ajudou a recuperar parte dos R$ 169 milhões, desviados da construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, no escândalo envolvendo o juiz Nicolau dos Santos e o então senador Luiz Estevão.

Entre 2016 e 2018, foi assessor especial da CGU.

Depois do presidente Bolsonaro afirmar que pretende indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para o STF, André Mendonça passou a ser visto como um dos cotados. A vaga por lá será aberta em novembro.

Mendonça passou a ser a opção do presidente da República, Jair Bolsonaro, após a reação negativa ao nome de Jorge Oliveira, favorito do presidente ao cargo. Oliveira, que atualmente é ministro da Secretaria-geral da presidência da República, foi reduzido a “amigo do presidente” desde que teve o nome divulgado para suceder Sergio Moro.

Bolsonaro tentou fazer valer sua vontade pessoal mas foi convencido a mudar de ideia e escolher um nome com mais respaldo jurídico.


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