Uma mulher, identificada como Selma Almeida Silva, 41 anos, natural do município de Riacho de Santana, na região Sudoeste, e os filhos gêmeos estão entre os desaparecidos de um edifício de 24 andares, que começou a pegar fogo por volta de 1h20 e desabou, ainda na madrugada, desta terça-feira (1/5), no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo (SP). Os três não são vistos desde a noite de segunda-feira (30/4). Testemunhas disseram que a mulher não teria conseguido sair do prédio com seus dois filhos gêmeos de dez anos de idade.
Assista abaixo a reportagem da Record TV:
“Todo mundo conhecia a Selma, lutadora como a gente. Ela morava no oitavo andar e não conseguiu sair”, contou o desempregado Cosme Aleixo da Silva, de 54 anos. O ex-marido de Selma, identificado como Antônio Rubens Francisco, que tem uma filha com ela, estava em meio à multidão que se aglomerou nas proximidades do local, na tarde desta terça-feira, em busca de notícias. Ele chegou a morar com ela no prédio que desabou. A filha do ex-casal, vive com a avó materna na referida cidade baiana. Antônio relatou que falava cotidianamente com Selma, porém, desde 6h da manhã, ele liga para a antiga companheira e não tem resposta. “A última vez que ela entrou no WhatsApp foi à 1h38”, disse o rapaz, mostrando a tela do celular. “Eu sei que ela está morta.
Porque ela não me deixaria assim desesperado”, finalizou. Ainda de acordo com informações publicadas no portal Vilson Nunes, Selma é da localidade de Agreste, no município de Riacho de Santana, mas vive em São Paulo há muito tempo, onde trabalhava coletando material reciclável. A filha dela com Antônio tem aproximadamente 14 anos e mora com a avó, identificada apenas como Roma. O pai de Selma já é falecido e se chamava Sebastião. Conforme a polícia, cerca de 100 famílias sem teto ocupavam dez andares do prédio. Os bombeiros permanecem no local fazendo buscas por vítimas nos escombros. Corpo de Bombeiros confirma 44 moradores desaparecidos de prédio que desabou, inclusive Selma e os filhos gêmeos.