Pouco mais de sete anos depois do lançamento das cédulas de R$ 5 e R$ 2, em julho de 2013, o Banco Central lançou nesta quarta-feira (2) a nova nota da segunda família do Real, de R$ 200, que começa a circular hoje. Com imagem do lobo-guará, inicialmente serão produzidas 450 milhões de unidades da nota de R$ 200, ainda em 2020. No valor de R$ 0,32 para impressão de cada cédula, o montante inicial custará R$ 90 bilhões ao BC.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, lembrou que em julho, o Real completou 26 anos. Ele destacou que o lançamento da nova cédula é uma resposta do Banco Central a mudanças provocadas pela pandemia de Covid-19.
“O momento singular que estamos vivendo trouxe os mais diversos desafios, e um deles foi um aumento expressivo na demanda da sociedade brasileira por dinheiro em espécie”, disse.
Segundo ele, mesmo com as ações do BC para fornecer cédulas e moedas para atender às necessidades da sociedade, não é possível prever se essa demanda por dinheiro em espécie continuará aumentando nem por quanto tempo.
“A nova cédula passa a ter valor legal a partir de hoje, e vai entrar em circulação à medida em que houver demanda”, comentou.
No dia em que foi autorizada a emissão da nota de R$ 200, em 29 de julho deste ano, ela era equivalente a US$ 39, com a cotação do moeda norte-americana a R$ 5,17. Hoje, quando começa a circular, considerando o câmbio de R% 5,36, a cédula vale US$ 37,30.
Com predominância das cores cinza e sépia, a nova cédula tem a dimensão de 142×65 milímetros, o mesmo tamanho da nota de R$ 20. Assim como as demais notas da família do Real, possui a imagem da efígie da República em sua frente e um animal da fauna brasileira no seu verso, o lobo-guará.
A diretora de administração do BC, Carolina de Assis Barros, explicou que aparece ainda na cédula um arbusto típico do habitat do lobo-guará. “Chamado lobeira, o arbusto no qual se insere o lobo-guará, aparece na ambientação da cédula bem como suas flores e frutos”, comentou.
A lobeira é essencial para o lobo-guará sobreviver em seu habitat natural, o cerrado. Para se ter ideia da importância do arbusto, a saúde do animal depende do consumo dos frutos da lobeira, inclusive na defesa de vermes que atacam os rins do lobo e podem causar a sua morte.