Nova pesquisa do instituto FSB Pesquisa, realizada a pedido do banco BTG Pactual, mostrou que os eleitores da candidatura do PT e do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) são os mais decididos em relação ao voto que pretendem concretizar no próximo dia 7 de outubro, data do primeiro turno das eleições. Seja o ex-prefeito Fernando Haddad ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvao candidato petista, 80% dos que declaram voto nos dois dizem que essa posição “é definitiva”. No caso do capitão da reserva, esse índice é de 73%. Os números são muito superiores aos dos demais adversários com chances de avançar ao segundo turno das eleições e só se assemelham aos que estão decididos a anular, que são 74% no levantamento. Até o momento, menos da metade dos eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB; 47%), Marina Silva (Rede; 44%) e Ciro Gomes (PDT; 42%), está convicto da posição que adota neste momento.
A situação se repete nos casos de Henrique Meirelles (MDB; 42%), Guilherme Boulos (PSOL; 31%), e Alvaro Dias (Podemos), 31%. Acima destes e abaixo dos líderes aparece o empresário João Amoêdo, candidato do Partido Novo. Dos eleitores de Amoêdo, 60% dizem que essa posição é a final para o pleito deste ano.
Intenção de voto
No cenário mais provável, sem Lula e com Haddad como candidato do PT, Bolsonaro mantém a liderança com 24% das intenções de voto, seguido por Marina Silva com 15%. Na sequência, empatados tecnicamente em terceiro aparecem Geraldo Alckmin, com 9%, Ciro Gomes, com 8% e Fernando Haddad, com 5%. O resultado é uma boa notícia para o postulante do PSDB, que vinha com dificuldade de aparecer em terceiro lugar nas simulações em que o ex-presidente não é citado.
Em crescimento, João Amoêdo (Novo) ultrapassa Alvaro Dias e é o próximo da lista, com 4%, seguido pelo senador do Podemos com 3%. Henrique Meirelles, Guilherme Boulos e Cabo Daciolo (Patriota) aparecem com 1%. Os demais não atingiram esse patamar e, somados, são 2%. Brancos, nulos e indecisos são 28%.
Preso há quatro meses na superintendência da Polícia Federal em Curitiba e virtualmente inelegível pela Lei da Ficha Limpa, Lula também foi testado pela pesquisa, como determina a lei eleitoral. Caso o ex-presidente possa disputar, ele seria o líder do levantamento, com 35% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro (22%), Marina (9%), Alckmin (6%), Ciro (5%), Amoêdo (4%), Alvaro (2%), Boulos (1%) e Meirelles (1%). Os demais, somados, atingiram 1%. Brancos, nulos e indecisos são 15%.
Apesar dos primeiros dez dias de Haddad em campanha como o “representante de Lula”, ele ainda não é o principal herdeiro dos votos do ex-presidente, uma vez que 41% dos que declaram voto em Lula se dizem indecisos ou afirmam que votarão em branco ou nulo. Entre os candidatos, o ex-prefeito, que herdaria 12% dos votos, ainda aparece atrás de Marina, que capturaria 17% desse eleitorado.
Depois dos dois, os próximos a receber os votos do ex-presidente são, nessa ordem, Bolsonaro (9%), Ciro (9%), Alckmin (9%), Alvaro (1%), Meirelles (1%) e Boulos (1%). Os demais, somados, receberiam em torno de 1% do eleitorado de Lula.
Espontânea
Lula e Bolsonaro são os líderes disparados da pesquisa espontânea, quando não é apresentada ao eleitor uma lista de candidatos pré-definida. Nesse caso, são 26% os que declararam voto no ex-presidente e 19% os que afirmam que vão votar no capitão da reserva. Amoêdo é citado espontaneamente por 3%, Alckmin, Marina e Ciro por 2% cada e Alvaro por 1%. Os demais, somados, são 1%. Quase metade dos eleitores (45%) não cita espontaneamente nenhum candidato.
O instituto FSB Pesquisa entrevistou 2.000 pessoas, por telefone, entre os dias 25 e 26 de agosto de 2018. O levantamento tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-06062/2018.