As obras de construção da Ferrovia Oeste Leste (FIOL), que começaram em 2011, ainda não foi concluída, sete anos após início das obras. A informação é da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes, responsável pelo empreendimento. Ainda segundo a empresa, a construção não foi concluída por falta de verbas. A Fiol vai ligar Figueirópolis, no Tocantins, ao porto de Ilhéus, no sul da Bahia. Conforme o projeto, serão 1.526 km de extensão. Na Bahia, as obras da Fiol são divididas em FIOL 1 (Ilhéus/ Caetité) e FIOL 2 (Caetité/ Barreiras).
Dos 12 lotes da obra, oito passam pela Bahia, sendo três deles na região oeste, onde a ferrovia é uma esperança para o escoamento de grãos. Conforme a Valec, aprevisão do custo total da ferrovia na Bahia é de R$ 6,4 bilhões. Os outros cinco lotes se dividem entre as cidades de Caetité, no sudoeste do estado, e Ilhéus. Nesse trecho, a obra já chegou a 71,8% do total. As imagens que ilustram essa reportagem são do trecho que passa próximo a Areião, distrito de Mirante-BA e foram registradas pelo BOM JESUS NOTÍCIAS no último domingo (08).
Em 2013, em um seminário de lançamento da Ferrovia, em Barreiras, a Valec e o governo do estado anunciaram que a obra toda estaria pronta em 2014. Contudo, com a falta de dinheiro, a obra praticamente travou e o ritmo de construção foi diminuindo. Quando concluída, a FIOL deve reduzir os custos de transporte de grãos, álcool e minérios destinados ao mercado externo. Quanto ao mercado interno, segundo a Valec, a ferrovia deve provocar estímulos, à medida que oferecerá custos menores para as trocas dos produtos regionais.
A Fiol é uma obra do Governo Federal, e o Governo da Bahia é agente fomentador do processo de concessão da ferrovia. Por meio de nota, o governo da Bahia informou que vem trabalhando no sentido de mobilizar e encontrar soluções para continuar as obras na Bahia.
Transporte dos grãos
Sem a construção da ferrovia, todos os anos um comboio de caminhões passa por Barreiras, em direção ao Porto de Cotegipe, em Aratu. Só na última safra, segundo a Polícia Rodoviária Federal, por dia saíram da cidade do oeste da Bahia dois mil caminhões levando mais de quatro toneladas de soja que foram exportadas para países como China e Estados Unidos.