Caiu como uma bomba no PCdoB o anúncio feito no último domingo (10) sobre a definição da suplência de Otto Alencar (PSD) ao Senado. O ex-prefeito de Ibotirama, Terence Lessa (PT), foi o nome escolhido para ocupar a vaga. A escolha do petista foi anunciada na manhã de domingo (10) em Jacobina, durante a plenária do Plano de Governo Participativo (PGP) do Piemonte da Diamantina (veja mais). Em conversa com o Bahia Notícias, o presidente do PCdoB na Bahia, Davidson Magalhães, não escondeu sua insatisfação com a escolha. Segundo o secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), todo o partido foi pego de surpresa. “Soubemos pelo Whats App”, garantiu ao BN.
“Está havendo muito atropelamento neste processo, espero que seja repensado. Já tem lugar na chapa e ainda querem a suplência”, reclamou o comunista. Davidson ainda informou que uma reunião entre os partidos aliados para definir as estratégias da campanha está marcada para acontecer nesta terça-feira (12). Embora a pauta seja outra, os questionamentos sobre a suplência podem tomar conta do encontro.
Poucas horas depois do anúncio feito pelos petistas, o PCdoB emitiu nota em seu site se posicionando contra a indicação (saiba mais). No comunicado, a legenda negou que tenha havido algum tipo de consenso na escolha e criticou duramente o processo. Junto com outras siglas da base, o partido pleiteava a indicação para a vaga através do líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador Augusto Vasconcelos.
O Partido Verde também fez questão de mostrar sua reprovação. Recém-chegado na base governista por força da federação PV-PT-PCdoB, os verdes, por meio do presidente estadual Ivanilson Gomes, pontuaram que o PT “definiu de forma unilateral e solitária sua chapa, demonstrando ausência de espírito colaborativo e democrático” (reveja aqui).
O PV saiu de sua convenção com o indicativo de Gomes para a suplência, mas alterou a indicação para o ex-deputado federal e forrozeiro Edigar Mão Branca.