Uma falha do governo federal deixou quase 1 milhão de pessoas sem auxílio emergencial nem Bolsa Família no mês de agosto. Os prejudicados tiveram o auxílio cancelado ou suspenso após uma revisão nos cadastros, mas deveriam ter recebido pelo menos o dinheiro do Bolsa Família. Após detectar o problema, o governo promete pagar o benefício atrasado junto com o de setembro. De acordo com o Ministério da Cidadania, a CGU (Controladoria-Geral da União) recomendou o cancelamento de 613 mil auxílios emergenciais para pessoas inscritas no Bolsa Família, além da suspensão de 310 mil cadastros no mesmo grupo. Com isso, o governo deixou de gastar pelo menos R$ 550 milhões do Orçamento destinado ao auxílio.
Sobre a revisão dos cadastros, o ministério declarou que “a medida é resultado de um trabalho sistemático realizado pelo governo federal”. Afirmou também que o objetivo é “garantir a melhor aplicação dos recursos públicos e alcançar os cidadãos que se enquadram nos critérios de elegibilidade”.
Quem está no Bolsa Família e tem direito ao auxílio emergencial não acumula os dois pagamentos —recebe apenas o que for mais vantajoso. O valor médio do Bolsa Família é de aproximadamente R$ 190, enquanto o auxílio emergencial em agosto era de R$ 600 por pessoa (ou R$ 1.200 para mulheres chefes de família).
Dados divulgados pela Caixa no final de agosto apontavam para 19,2 milhões de inscritos no Bolsa Família recebendo o auxílio emergencial.