Em entrevista ao Programa Central Globo News, na noite de quarta-feira (23), o governador Rui Costa voltou a cobrar ações efetivas do Governo Federal diante do vazamento de óleo que atinge o litoral nordestino. No bate-papo comandado pelo jornalista Heraldo Pereira, Rui avaliou o cenário político e econômico nacional, destacou a importância de Lula e do PT para que o Brasil volte a crescer e falou sobre o trabalho que tem realizado à frente do Executivo baiano.
Sobre a possibilidade de se candidatar à presidência em 2022, o governador baiano afirmou que acalenta o sonho, com a humildade que a mãe dele o ensinou, de ajudar o Brasil a reencontrar seu caminho. “Eu posso não ser candidato a nada, mas quero ajudar o Brasil a se reencontrar”, disse Rui. Em outro momento da conversa com os jornalistas da Globo News, ele afirmou que “os políticos precisam controlar sua vaidade para ficar um degrau abaixo do projeto de nação, do projeto do país. Precisamos nos unir nas eleições municipais para reconstruir o Brasil, deixando de lado o ódio e a raiva”.
Ainda analisando o cenário político nacional, Rui avalia que o presidente Lula é um “líder nato” e pode fazer o Brasil reencontrar o caminho do crescimento. “Lula é um gigante na política, não só no Brasil. Figura ímpar no mundo inteiro. É inegável que ele trouxe pacificação para o país. Foi o período que o Brasil mais cresceu nas últimas décadas”, assegurou o governador, que também pontuou os avanços na Bahia no período em que o PT governou o Brasil. “A Bahia tinha um Instituto Federal, hoje tem 30. Tinha uma universidade federal, hoje temos 5. A oferta de educação cresceu muito, e esse é um feito dos governos Dilma e Lula. Apostaram no futuro”, pontuou.
No final da entrevista, Rui enfatizou que espera ver o Governo Federal cuidar dos problemas das pessoas, e não de problemas de família.” É preciso unir o Brasil de novo. Com ódio e raiva nós não vamos a lugar nenhum”. A ineficiência da União também foi destacada pelo governador na abertura do programa, quando esteve em pauta o vazamento de óleo no Nordeste. “O que eu discordo é desse estilo de trazer tudo para esferas políticas e ideológicas em vez de tomar logo uma atitude. Não colocar a defesa da população em primeiro lugar. A demora na reação deles tem a ver com isso”, afirmou.
Por cerca de 1 hora, o governador também respondeu a outras questões, a exemplo da reforma da previdência, dos avanços na área da educação na Bahia e da polêmica em torno da inauguração do novo aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista.