A redução, anunciada na sexta-feira 08 de abril e com validade já para o dia seguinte, esperava ver o preço de revenda da Petrobras caindo de R$ 4,48 para R$ 4,23. Segundo a Petrobras, o motivo da redução seria uma estabilização da taxa de câmbio e a evolução dos preços internacionais. Na época, para os consumidores finais o preço do botijão estava em R$ 113,63 e especialistas contavam com uma redução de R$ 3 a R$ 6,50 no valor. Entretanto, segundo o mais recente boletim de preços divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do botijão de 13 quilos no Brasil é de R$ 113,50. Ou seja, nem R$ 1 de queda.
Para o economista Alberto Ajzental, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), um dos motivos da lentidão do reajuste dos preços é que os distribuidores olham um para o outro na hora de ajustar as margens de lucro.
“Quando se fala em aumento e queda de preço, a subida sempre será quase que imediata. Para ter a queda no valor, o varejista quer ver se consegue ganhar um pouco de margem, então não deixa cair de imediato. Ele olha para a concorrência primeiro para ver se reduz o custo. Isso é normal no mercado. O que faz o movimento nos preços é a competição dos distribuidores”, disse Ajzental à CNN.
No momento, para tentar reduzir o valor pago, tudo que o consumidor pode fazer é pesquisar preços. Dessa forma ele não só paga menos, como também exerce pressão pela queda dos preços em sua região.