O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), como é conhecido José Celso de Mello Filho, enviou à Procuradoria Geral da República (PGR) três notícias-crimas apresentadas por partidos e parlamentares em relação à investigação sobre se o presidente Jair Bolsonaro interferiu na Polícia Federal.
A informação é do G1 nesta sexta-feira (22). Entre as medidas solicitadas pelo decano estão depoimento do presidente e a busca e apreensão do celular dele e o do filho, Carlos Bolsonaro, para perícia. O ministro destaca que é dever do Estado apurar autoria e materialidade dos fatos delituosos narrados “por qualquer pessoa do povo”.
Os pedidos chegaram ao STF logo após o ex-ministro da Justiça Sergio Moro deixar o governo afirmando que o presidente tentou interferir na PF e que Bolsonaro buscou informações de investigações em andamento na Corte. Esse tipo de ação geralmente é enviada pelo STF para manifestação da PGR, que deve propor as investigações em relação ao presidente da República.
Celso de Mello é relator de um inquérito que foi proposto pelo procurador-geral, Augusto Aras, sobre as denúncias de Moro. Em outros pedidos feitos no mesmo inquérito, Aras já defendeu que a competência para essa linha de investigação é do MPF. Celso enviou os casos para que a PGR analise, afirmando que cabe ao órgão. Augusto Aras não tem prazo para se manifestar.