Segundo país mais afetado pela pandemia do novo coronavírus no mundo, a Itália se prepara para ter que escolher quem vive e quem morre durante a crise, de acordo com o The Telegraph.
Um documento obtido pelo o jornal inglês, elaborada por um gabinete de crise em Turim, aponta que o país terá que negar atendimento para pacientes com mais de 80 anos ou que apresentem más condições de saúde em unidades de terapia intesiva (UTIs).
O documento preparado pelo Departamento de Defesa Civil do Piemonte diz que o avanço da “epidemia atual torna provável que seja alcançado um ponto de desequilíbrio entre as necessidades clínicas dos pacientes com Covid-19 e a disponibilidade efetiva de recursos intensivos”. O coronavírus já matou mais de 2 mil vítimas no Itália, que está em quarentena total desde 9 de março. O número de casos chega a quase 28 mil.
O registro oficial também estabelece critérios para acesso aos serviços intesivos de saúde. Além dos idosos e dos que apresentem outras condições graves de saúde, também a possibilidade de sobrevivência dos pacientes será avaliada. “É como seria se estivéssemos em guerra”, afirmou um médico ouvido pelo jornal inglês.
De acordo com o Telegraph, o documento está pronto e aguarda o parecer de uma junta científica para ser enviado aos hospitais em todo o país.